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domingo, 20 de maio de 2012

Uma luz pra Casa de Cultura em Janduís

“As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem”. (Chico Buarque)
Casa de Cultura Popular Vapor das Artes em Janduís
Inspirado nas palavras do compositor Chico Buarque de Holanda, ponho-me a escrever sobre a tal situação da Casa de Cultura Popular Vapor Artes em Janduís. Prédio público do Estado que sofre com as remotas passagens do tempo.

A Casa de Cultura, é o antigo prédio Vaporzão onde a maioria dos artistas de Janduís passou um bom tempo em sua companhia. Primeiro como a Creche Tia Alice, quando deixou de ser saboaria e depois como prédio cedido pras atividades de grupos.

A partir de 2005, passou a ser a Casa de Cultura, após uma grande reivindicação dos artistas locais e regionais. Com isso, o Governo do Estado atendei ao nosso pedido e a família Gurgel doou o bem de propriedade coletiva.

Mesmo sem ser inaugurada, a Casa de Cultura funcionou com pessoas sempre ligadas a arte e com sensibilidade humana. Em 2010, ficou sob reparos do Ponto Em Cena Ação e nos últimos meses da Prefeitura de Janduís. 

Eis que em 2012, a Casa recebeu novos Agentes culturais, fato muito natural com as mudanças de governo. E aí foi onde a coisa começou a desandar. Já basta as paredes rachadas, portas empenadas, instalações ruins e piso impróprios.

Bem antes, a Fundação Cultural Mestre Dadá se instalou na Casa, com o objetivo de dinamizar as ações culturais dos dois órgãos: Um apenas com o prédio e móveis e outro com funcionários da área e estrutura para todos.

É aí onde está o entrave. Os novos Agentes Culturais, que parecem ser orientados a travarem o processo, buscam a todo tempo desestabilizar todo processo construído ao longo desse tempo da Casa de Cultura.

Foi solicitada a retirada da Banda de Música, computadores do Semearte, proibição dos ensaios de música, oficinas e a recuada do Ponto de Cultura Em Cena Ação e FUNCULT pra apenas uma sala e ficar sobre orientações de duas pessoas de outras áreas. É lamentável e perdoável. 

Enquanto presidente da FUNCULT, lamento o fato estar ocorrendo, por não haver se quer, qualquer problemas pessoais entre as partes. Há uma falta de entendimento sobre a nossa presença num espaço construído pelos artistas.

Quem ocupa cargo deve entender que isso é passageiro e são pessoas que nos procuram em busca de soluções. As portas precisam estar sempre abertas pro diálogo e pras novas possibilidades. As pessoas com mentalidades arcaicas precisam se adaptar ao novo.

Quem produz cultura neste município sabe a importância de se ter cada vez mais pessoas comprometidas com a causa em tais órgão públicos. Não se trata de um mero preenchimento de vagas pra suprir necessidades ou interesses pessoais.

O fato está sob conhecimento da Secretária Extraordinária de Cultura do Rio Grande do Norte, Isaura Rosado, a qual esperamos tomar medidas urgentes, pela relação que construímos enquanto pessoa e conquistas culturais.