Um dia o Padeiro da Rua do Meio me
negou o pão que seria o alimento de meus “filhos”. Eu tinha dezenas de
dependentes, mesmo assim, os pães que restavam na prateleira já estavam
reservados pra primeira classe da cidade.
O fato marcou a história da pequena
cidade de Curral, repercutiu no Estado da Liberdade e na Canção da América. Um
choque previsto, porém, utilizado como elemento de luta e perseverança.
O Padeiro que nunca soube fazer outra
coisa, se não pão, resolveu comprar uma nova Padaria em Curral. Sua meta é que
todos os seus clientes o vejam como alguém sensacional e extraordinário.
Imagina se todos os comerciantes pensassem assim.
Alguns dos filhos que teve o pão
negado, por seus motivos naturais, se juntaram ao Padeiro prometendo a cidade
os melhores pães e melhores alimentos em massa.
Dominado pela “grande conquista” – a
compra de uma nova padaria – o Padeiro suplica que, mesmo os que tiveram o pão
negado, lhe peça desculpa, pois agora é “dono” de algo bem maior, ainda assim, já
conhecido de todos.
A história não muda, continuará
perpetuando por gerações e gerações. Não importa onde se possa chegar, assim
como nós “famintos” de pão fomos vítimas da ignorância, conseguimos enxergar o
quanto foi vítima de um mercado que pode ser sucesso ou mais uma página de
fracasso na história de Curral.
O importante é que mesmo com os pães
negados conseguimos nos alimentar e aprender que “nem só de pão vive o homem”.