Elaboração de projetos culturais, assessoria técnica em gestão pública, palestras, oficinas de teatro, palhaço e captação de recursos, elaboração de textos teatrais, direção teatral e muito mais.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Tempo que passa

Em 25 de agosto de 1993, eu fazia minha primeira apresentação cultural, em uma comemoração ao Dia do Soldado, realizada pela Escola Municipal Professor Aluízio Gurgel, em Janduís.
Eu, ao meio vestido de soldado em 1993, primeira apresentação
Articulado pelo professor Josivan, saímos todos em cortejo pelas ruas da cidade e finalizamos ao lado da igreja de Santa Teresinha, com atividade apresentada às 09h. Depois de homenagear o dia do soldado, o delegado da cidade na época falou e agradeceu a escola.
Mestre Dadá (in memorian) Maria Célia, Clodoaldo, eu, Marcos Lima, Neto de Gatinha - 1996
Daquela data aos dias atuais não mais deixei de produzir cultura, de levar a bandeira mais forte da cidade. Cresci, multipliquei, aprendi. Vejo que está chegando a hora de partir pra outras experiências e vou levando comigo o sabor do dever cumprido.
Suel e eu - 1997
São 17 anos dedicados a arte e cultura. Anos de luta, quedas, sobrevivência. Lutando contra ignorância política, coronéis, passamos uma década de 90 conturbada e chegamos ao ano 2000 com o mesmo sofrimento.
Personagem Judas Iscariotes - A Paixão de Cristo - 1999
Apostamos as fichas em heróis de mentiras, fomos pras ruas brigar por direitos, lamentamos, reivindicamos. E quando olhamos, muitas conquistas pelo movimento, Governo Federal, Estadual. Mesmo assim, estamos na mesma luta por dias melhores na cultura local.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Respostas do Ponto Em Cena Ação

Estava lendo alguns blogs da cidade, quando resolvi acessar o blog do Grupo Filhos do Sol, e lá vi a matéria sobre o Ponto de Cultura Em Cena Ação, postada relatando sobre dúvidas que desconheço do presidente.

O presidente do grupo é membro da Associação Amigos da Casa, entidade que gerencia os recursos do Ponto de Cultura, Em Cena Ação, a qual não teve nenhuma contribuição no processo, mas que se utiliza do material assim como todos que procuram.

A matéria diz que o grupo desconhece do material do Ponto, uma vez que o presidente participou recentemente de uma reunião a qual foi apresentada uma pré-prestação de contas e deixado a disposição para quem quiser analisar as notas fiscais e outros documentos.

Há um conflito de gestão aí, onde a escrita diz de que o grupo do menino não sabe das informações: ou ele tem amnésia ou quer criar um fato para ver se alguém o enxerga, ao permitir o tipo de postagem desvirtuada e sem nexo.

Na certeza o contato que fez com quem repassou sobre taxas diferenciadas cobradas na bicicleta de som é um alguém que vive feito papagaio e muito mais desinformado. A bicicleta de som é pra servir e para isso temos um condutor artista, que orientamos gratificações, fazendo assim acontecer à sustentabilidade do mesmo e manutenções.

Tenho certeza que as perguntas elencadas já tenham sido respondidas ao presidente do grupo que colocou a matéria. Se há omissão de informações no seu grupo é uma outra história.E sobre material, por dois eventos o grupo que fala em taxa utilizou os microfones sem autorização para locação de seu som e nem por isso fomos esbravejar ou perguntar pra onde foi à taxa porque já sabemos.

É uma pena que se use um espaço onde poderia ser melhor aproveitado com coisas tão claras ao meu ver. Seria bem interessante que a “preocupação” apresentada fosse real ao invés de tentar criar fatos políticos a fim de monopolizar apoios.

Como presidente do Comitê Gestor, estou aberto a qualquer crítica, argumentos, discussões e convido o grupo a visitar a Casa de Cultura a saber mais sobre o projeto se tens tantas dúvidas. Moramos tão pertinho.

Se a provocação é séria vamos fazer um debate, que tal? Aí colocamos tudo como deve ser, e quem sabe o grupo não vem fazer parte da execução do projeto?! Agora se a provocação é política e orientada por terceiros, não temos tempo a perder! Queremos avançar! Podemos?

Lindemberg Bezerra,
Presidente da Associação Amigos da Casa de Cultura e Comitê Gestor.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Melhorar é preciso

Para melhorar o quadro da cultura janduiense é uma questão de coerência, Gestão e impessoalidade no que é público. Princípios esses utilizados anteriormente que não se vê mais nas terras de Nhanduí*.

O primeiro passo seria reunir o Conselho de Cultura e botar pra funcionar. Substituir possíveis membros que não tem interesse em discutir cultura. Depois organiza os grupos e artistas com propostas que possam ser cumpridas e apoiá-los, dando autonomia e oportunidade de voz e acato das decisões. Fazendo isso, começaríamos a ver quem realmente quer fazer pela cultura e quem ta a fim de ver a cultura como número em época Eleições.

Instalar a Fundação de Cultura botando um janduiense que não seja de nenhum grupo, ou que seja, mas que trabalhe com ética e responsabilidade e com autonomia sem precisar de passar por qualquer outra secretaria em suas decisões. Cria-se o Fundo de Cultura, estabelece um cronograma cultural da cidade com ações coletivas respeitando a particularidade de cada grupo e artista.

Analisando, temos equipamentos de ponta nos pontos de Cultura Semearte e Em Cena Ação, que jamais se viu antes em Janduís. Com isso, faríamos uma gestão em conjunto com a Casa de Cultura, Grupos, Projetos e Setores da Prefeitura. Daí, poderíamos ter um avanço significativo na cultura local.

Não sei se sonho demais, se minhas palavras são inexpressivas, se sou embusteiro. Cada um entende como quiser e tudo isso seria fácil de fazer, bastaria querer acreditar e somar forças. Sozinho se faz, mas o caminho é mais longo e os resultados mais insatisfatórios. Se ao menos tivessemos a oportunidade de nos reunirmos com os Gestores e discutir, já seria alguma coisa.

Podemos fazer isso???

*Índio Guerreiro que habitou nas Terras onde hoje é Janduís.

Isolamentos

Discutimos diariamente a postura de isolamento estabelecida pelo Poder Público Municipal sobre a Casa de Cultura de Janduís, em alguns setores da administração. Fato que vem se agravando a cada dia não só com a Casa, mas com outros setores organizados do município. Quem perde com isso é a cidade que vê seus artistas e grupos divididos em prol de uma causa que até aqui não vingou os frutos prometidos.

Lutamos pela Fundação de Cultura em 2008, reprovada pelos vereadores de oposição, que fizemos uma campanha de esclarecimentos a comunidade colocando até cartazes com fotos em murais e repartições públicas. Tudo junto e unidos buscando o mesmo caminho que seguiram novos rumos depois de um racha partidário descontado na classe artística.

Em 2009 a Fundação aprovada foi aprovada e ficamos esperançosos que haveria mudanças pra cultura local. Qual nada. Assim que colocamos nossos pensamentos em jornais e pregamos cópias nos murais, veio logo uma portaria proibindo o direito livre de pensar e expressar.

Continuamos do mesmo jeito sem fundação de cultura, sem política pública pra todos, benesses pra uns, pra outros retaliação, justiça, lei, portarias... Sem Conselho de Cultura funcionando, sem Fundo Municipal de Cultura, sem rumo, mas com direcionamentos próprios.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Acreditar, é possivel!

Acredito em grande possibilidade de avanço com a reeleição do Governador Iberê Ferreira e do vice Vagner Araújo de Lucrécia/RN. Será um novo começo para o RN, a contar com as ações do Governo Lula que se seqüenciarão com a eleição da candidata Dilma Roussef. No Senado Federal será necessária a presença de Vilma de Faria e do companheiro Hugo Manso, mesmo sabendo que teremos uma disputa ferrenha. Nesse cenário, o PT almeja a reeleição de Mineiro e Fátima Bezerra e quem sabe até a inserção de dois representantes nas duas esferas. Mesmo tendo uma das melhores parlamentares da Câmara Federal, vou de Geraldão do PT, em busca de ampliação. Tudo é possível.

Esporte é cultura

Conversei com uma turma de veteranos do futebol municipal composta por Segundo, Valença, Concone, Bené e outros mais que fizeram o esporte de nossa cidade brilhar no início da década de 90. Os mesmos querendo ajuda para completar inscrição de campeonato de veteranos em Antonio Martins/RN. A turma veio meio cabisbaixa, pois ainda faltava completar o valor da inscrição. Conversamos e juntos conseguimos sanar um problema conhecido por todos na cultura. “Uma mão lava a outra e as duas lavam o rosto”.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Escambo, um olhar a mais...

Enquanto sonhávamos acordados no Escambo de Fortaleza/CE, um homem da rua dormia com fome num banco da praça do Ferreiro (Foto a direita).
Foto: Diego Tavares
Movimento Escambo Popular Livre de Rua é um dos poucos movimentos culturais em atividade no Brasil atualmente. Esse movimento que nasceu em Janduís através de uma ação política de combate aos coronéis em 1991 e a calamidade pública. Venho acompanhando a todos desde 1994 como artista e vejo as significativas transformações culturais e sociais.

E esse olhar, só enxerga quem está dentro das favelas, dos becos, convivendo com gente como a gente. Muitos que estão nos gabinetes tentam bloquear as atividades contidas, onde os artistas se apresentam e dão oficinas por comida, água e transporte. Pura demonstração de demagogia ética, social e moral.

Me refiro a cidade de Fortaleza, que os grupos precisam de alvará pra irem às praças que já são deles. Em Natal, quem quiser ir a apresentar nas praças tem que pagar R$ 17,50. Às vezes, uma rodada de chapéu cai cinco, oito ou dez reais. No Rio de Janeiro, Recife o tratamento no é diferente.

Enquanto os maiores investimentos das empresas vão pros clubes, Copa do Mundo, teatro de palco, filmes, ficamos a espera dos Editais do Governo Federal e em casos do Governo Estadual. Tanto tempo de história e tem coisas que ainda são piores que o inicio dos anos 90. Até nós artistas vamos ficar a espera de uma política de cultura de verdade dentro dos municípios?

Acredito que se o Escambo fosse vendido em troca de votos, favores e tivesse um dono, não nos faltariam padrinhos e lideranças ao nosso redor. Já fizemos muito por pessoas que entram na política por uma porta e chuta a gente pela chaminé. Como não temos direção, hierarquia, mandante somos ainda uma nação forte se cabrestos e sem coleiras.

A discussão cultural precisa avançar em nossas cidades, nossas regiões e em nossos estados. Já mostramos que nossos compromissos são mais com a comunidade do que com a mediocridade daqueles que ainda não enxergam os novos tempos e as mudanças na cabeça do nosso povo.

Fórum dos Movimentos populares

O Fórum Movimentos Populares de Janduís, Vem se reunindo sempre para manter em dias os assuntos das comunidades rurais através de suas associações. Todos vão estar reunidos dia 26 de julho, quando o Sindicato fará uma justa homenagem ao dia do Trabalhador Rural, com evento que começará às 09h, na Casa de Música.

Silêncio...

Parece que depois da Copa do Mundo e com o recesso Legislativo, os vereadores de Janduís, acalmaram mais o ânimo em relação às Eleições para nova Mesa Diretora da Câmara Municipal. Algumas investidas vêm rolando nos bastidores. Não se sabe pra onde ou pra quem. O certo é que a cadeira de presidente que deveria ser disputada só em janeiro de 2011, mas que será antecipada vem dano comentários na cidade.

domingo, 11 de julho de 2010

Fórum de debates culturais

Nos próximos dias estarei propondo aos grupos da região para que possamos criar nosso Fórum de debates. Vamos debater sobre nossos problemas políticos, culturais, sociais e sobre nossas agendas. Vamos formar uma rede oestena de debates culturais, para que assim possamos debater mais com as razões do que com as emoções.

Já sugeri isso aqui em Janduís. E queremos ver se conseguimos unificar todos os grupos e artistas da cidade. É difícil, mas, não é impossível. Precisamos de forças próprias para vencer os obstáculos com trabalho. Quando usamos nossas forças diante dos fracos, ficamos cada vez mais fracos e menores do que nossos algozes. É melhor se decepcionar com nossos próprios atos do que acreditar num salvador de mentira.

Cultura

Em Janduís, por exemplo, a cultura conta com equipamentos de ponta para o desenvolvimento de atividades através do Ponto de Cultura Em Cena Ação. No Ponto de Cultura Semearte, o mais antigo, tido apenas como mais um projeto do Ministério, destaque para Banda de Música que vem dando o que falar. Todo talento possível está brilhando na banda 12 de junho. Por outro lado, não temos as atividades de teatro, de capoeira e as aulas de informática que estão paradas há oito meses.

Temos grupos que vivem a mercê de uma política cultural ainda por vir, onde não sabemos o rumo nem direção de tal. Resultado, as capacitações que chegam dar trabalho formar... Não que as capacitações não sejam importantes, é que nesse momento é preciso mais que complacência para ter um movimento mais aguçado. Se o Poder Público Municipal quiser, pode fazer as coisas se tornarem mais agradáveis. Os apoios existem, porém de maneira a desejar.

Diante de tudo, é sempre importante saber que o Poder jamais vai querer um movimento autônomo. Teremos sempre que conviver com os cabrestos financeiros, com as criações de leis para os rebeldes e benesses para os mocinhos que preferem silenciar. Tudo é natural, porém nada é normal.

Recesso

Os vereadores de Janduís estão em recesso parlamentar. Contudo o trabalho de articulações políticas para as Eleições da Câmara Municipal não tem parado. Segundo comenta-se a rua, uma remota possibilidade de alguém entregar os pontos do fracasso e roer a corda. Nesse momento pra quem anda desgastado não se escolhe aliados honestos, trairas, ou como for... O importante é disfarçar e fazer de conta que está tudo bem. Afinal, pra político fascinado por poder, "Um tapinha não dói".

Encontro de Alexandria

A entrega dos certificados do Projovem Trabalhador realizada dia 03 de julho em Alexandria/RN, reuniu muitos artistas e grupos culturais. Além de apresentações tivemos algumas conversas políticas avanças. Em breve estaremos realizando encontros com grupos e artistas em algumas cidades apresentando propostas políticas da candidatura de Iberê e Vagner Araújo. Na certeza o Dep. Mineiro tem a simpatia de muitos artistas oestanos.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Cultura de Janduís

Lamento os problemas políticos de Janduís abalarem as estrutura de grupos, artistas e afins que sempre buscaram fugir da ociosidade através da cultura local e que mantém o nome da cidade como cidade da cultura. Aqui se conta 15 grupos. Vejo poucos em atividades. Poderíamos ter mais? Com certeza.

Em 2008 nos juntamos em nome de um projeto coletivo e de um sonho de mais de 20 anos para que a cultura se finque sustentável através de um órgão como Fundação de Cultura, aprovadapara em 2009 porém não instalada, para gerir as políticas públicas e dar vida a todos os grupos já existentes e possibilitar a criação de outros. Até aqui a poder público apóia a cultura de forma tímida, já que esperávamos mais.

A Casa de Cultura que antes tinha um vigia, recepcionista e uma ASG, ambos foram retirados por questões políticas e ainda alegaram crise econômica. Até aí tudo bem. Se é crise há prioridades para investimentos, nesse caso não somos prioridades. O Estado deu a estrutura e paga ao administrador. Seria coerente ao município dar condições de funcionamento a órgãos importantes como é o caso da Casa de Cultura. Não isnisti mais... Faço eu mesmo a limpeza de salas e banheiros, buscando sempre ajuda dos vizinhos. Tá dando certo.

Contudo, o Movimento está rachado, desestimulado. Grupos estão em decadência como é o caso do Rítmos e da Cia. Brincantes do Sertão. O município apóia sim em Xerox, transporte se for mais de um grupo solicitar, postagens, articula oficinas através do SEBRE, mas não há uma lei de incentivo, política de sustentabilidade.

Ciranduís ganhou um premio em 2007 e o material ta acabando, de onde vai tirar outro se não tiver política instalada? É ficar sempre buscando por fora? Hoje temos ativos o Balai de Artes, Os Filhos do Sol que ganharam o Mais Cultura que também tem prazo pra terminar, Swing Brasil que luta por conta própria, o Amigarte com a força de Danilo e do Daniel Gurgel, o Ginga ainda se movimenta e denovo ressurge o Sondagem.

A política dividiu nossos grupos, nossos artistas. Não venho dizer aqui que o Poder não apóia, apenas precisamos de políticas públicas sustentável. A cultura é o patrimônio imaterial mais importante que a cidade dispõem.

Para tanto, acreditamos, brigamos, sonhamos... Decepções! E agora? Acreditar em quem? Ainda há tempo pra muitas coisas, porque temos como fazer. Basta querer e sentir o quanto a cultura é importante para Janduís.

Relacionamento em Janduís

Há quem pense que tenho algum problema pessoal com algum secretário ou coordenadores da Prefeitura de Janduís. Engana-se! Claro que nada é 100%, tenho a antipatia de alguns e o respeito da maioria. Sempre fui bem recebido por todos, mesmo com discordâncias políticas vividas na cidade.

Exponho minhas opiniões em cima de coisas que vejo que pode ser melhor e que estão travadas. Muitos secretários jovens que tem seus potencias mas que páram por não disporem de liberdade administrativa para desenvolver os projetos comunitários. E isso, às vezes traz incômodos àqueles que vêem o poder como uma chave de entrada no céu ou como algo pessoal. Alguém que zela por um nome que nem pisca. Tudo passa, até. uva-passa.