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quinta-feira, 18 de março de 2021

A vida é a ciência contra a pandemia do negacionismo


 * Francisco do PT
 
O Brasil se aproxima de 300.000 mortes por covid-19.  A quantidade de mortes em 24 h superou 3.000 vítimas. O país virou o epicentro da pandemia mundial. O luto chegou em nossas ruas ao atingir nossos amigos e familiares. O total de cadáveres é maior do que na explosão da bomba atômica de Hiroshima e Nagasaki durante a II Guerra Mundial.
 
Entretanto, a desgraça em curso não foi suficiente para o arrefecimento do negacionismo. Existe gente contrária à vacinação, ao uso de máscara e ao distanciamento social. Tem quem defenda a tese de que as medidas indicadas pelos cientistas são de viés político e que a pandemia é uma invenção da esquerda. E o pior: o presidente do país estimula este tipo de ignorância.
 
Bolsonaro, na condição de presidente da nação, vem prestando um desserviço com atos e palavras. Sem base científica subestimou a pandemia, duvidou das vacinas, estimulou aglomerações e tem dificultado as medidas de proteção social da população desempregada. Bolsonaro liderou o negacionismo nacional e se tornou corresponsável por um movimento que insiste em polarizar contra as recomendações dos especialistas e da OMS crentes que são medidas comunistas.
 
A inconveniência destas posturas tem feito a sociedade brasileira acordar para a necessidade do conhecimento científico no combate à pandemia do coronavirus. As recentes pesquisas de opinião indicam que as pessoas majoritariamente concordam que as medidas protetivas e as vacinas são imunizantes necessários que protegem da morte e da estupidez patrocinada por ideologias fundamentalistas e sem nenhuma base na ciência médica.
 
Numa onda de esperança temos visto a união de esforços da maioria dos governadores e a governadora, prefeitos e prefeitas, poderes legislativo e judiciário, comunidade científica, imprensa nacional e demais instituições democráticas dispostas para defenderem o principal patrimônio do Brasil que é o seu povo. O pacto pela vida está unindo o país e é o caminho para vencermos a guerra contra um inimigo invisível, que é o vírus e seus aliados que o protegem no manto do negacionismo.
 
O povo potiguar e o povo brasileiro como um todo "é, antes de tudo, um forte". Haveremos de vencer esta que não é a primeira crise sanitária. E ao fazer isso, sob a tristeza de enterrar tantos mortos, teremos encerrado também um momento da nossa história que se tornou pior porque foi tratado com descaso e transformado numa defesa de suposições aquilo que, desde o início, deveria ter sido tratado com a ciência oriunda da inteligência humana.
 
A ciência salva. A ciência é o lockdown do negacionismo.
 
* Francisco do PT é professor e deputado estadual pelo RN