Elaboração de projetos culturais, assessoria técnica em gestão pública, palestras, oficinas de teatro, palhaço e captação de recursos, elaboração de textos teatrais, direção teatral e muito mais.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Laços duma travessia


Ao longo da travessia que fazemos pelo país, levando intervenções poéticas, palhaços, espetáculos de cenopoesia e o Casaco de Urdemales, fazemos discussões sobre políticas culturais e encontramos grupos e artistas que ainda pensam em arte como alternativas de diálogo com as comunidades.
Uma ação que junta pessoas de cinco grupos diferentes, unidos pelas idéias, ações e movimento que já se alastra pelo Rio Grande do Norte, Ceará e demais ramificações em estados do Brasil, que é Escambo Popular Livre de Rua.
Estamos na estrada há pelo menos quarenta dias a cada dia vivido uma nova descoberta, emoções que nos fascinam e nos deixam encantados. Encerramos nossa ida em santos/SP e começamos uma travessia de volta pra casa. Nessa volta paramos novamente em São Paulo, precisamente com o pessoal do Buraco D’Oraculo, na Zona Leste.

No retorno da volta, paramos na residência de Calixto de Ihnamuns e passamos a conhecer melhor uma figura esplêndida, humana e acima de tudo atenciosa a um trabalho que poucos ousam se dedicar com tanto afinco, por coisas tão verdadeiras.
Apesar de ser o primeiro contato com o Buraco D’Oraculo, senti uma super enérgia positiva no Adailton, Selma, Édson e Luciene que nos acolheram como se já fizesse parte da família há anos. Ficamos em suas casas, compartilhando as mesmas comidas, dividindo banheiros e convivendo em coletividade. Relação muito positiva.

Passo a fazer uma viagem em tudo o que vejo em ação. São Paulo é uma cidade enorme, com problemas de violência urbana cada vez mais freqüente, desigualdades, conflitos políticos, relações de poder acirrada, mas que tem um movimento cultural de rua tão belo e puro.

Passei um dia no Instituto Pombas Urbanas na cidade de Tiradentes, a mesma pegada, o ritmo caliente dentro de um espaço ocupado e bem aproveitado em todos os aspectos culturais. Sair do Rio Grande e conhecer tantos trabalhos que são exemplos pra o país, jamais podemos dizer serei uma pessoa normal no meu retorno residencial. As melhores impressões são as que levamos como experiência de vida das ações e das caminhadas traçadas a cada dia.