Elaboração de projetos culturais, assessoria técnica em gestão pública, palestras, oficinas de teatro, palhaço e captação de recursos, elaboração de textos teatrais, direção teatral e muito mais.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Lições de uma travessia escambista

Águas geladas da Serra do Caparaó/ES
O projeto pensado coletivamente pelo Movimento Escambo, em sair pelo país fazendo arte e debatendo as questões sobre as Artes Públicas de Rua, foi executado. Passamos 45 dias fora de casa, andando numa Kombi, testando novas possibilidades de vida.
Contamos com ajuda de pessoas amigas, intervenções em eventos populares, recepção de grupos que nos bancaram na jornada para que pudéssemos nos alimentar, dormir e ter combustível para andar. Aconteceu, atingimos a meta.
Foi aí que aprendi que “cuidar do outro é cuidar de mim”. Saber limpar o local compartilhado por todos, tolerar, entender, ser flexível... O que já estava entrando em minha caderneta diária ganhou espaço permanente para os anseios da vida.
Numa travessia tão complexa e ousada, há espaços para incertezas, assim como deixamos as incertezas em casa. Mas, isso se evapora quando passamos a ter clareza dos nossos rumos e damos credibilidade àquilo que acreditamos.
Atente para qualquer roda de amigo onde os conceitos forem sempre ao seu favor. Isso é falsidade. Escute sempre o meio das divergências, elas te fortalecem e te fazem crescer mais ainda. A melhor reflexão é caminhar com acertos, após correões por mais simples que sejam.
Aprendi. Posso dizer que a convivência ao lado de Ray Lima, Junio Santos, Fillipo Rodrigo, Jardeu Amorim, Vitor Jaraguá, Léo Alves Chinês e Diego Tavares, me fizeram uma nova pessoa, capaz, tolerante e com mais afinco. A Travessia não saíra de minha cabeça, assim como, a vontade de lutar cada vez mais pela arte pública de rua.