Águas geladas da Serra do Caparaó/ES |
Contamos com ajuda de pessoas amigas, intervenções em eventos populares, recepção de grupos que nos bancaram na jornada para que pudéssemos nos alimentar, dormir e ter combustível para andar. Aconteceu, atingimos a meta.
Foi aí que aprendi que “cuidar do outro é cuidar de mim”. Saber limpar o local compartilhado por todos, tolerar, entender, ser flexível... O que já estava entrando em minha caderneta diária ganhou espaço permanente para os anseios da vida.
Numa travessia tão complexa e ousada, há espaços para incertezas, assim como deixamos as incertezas em casa. Mas, isso se evapora quando passamos a ter clareza dos nossos rumos e damos credibilidade àquilo que acreditamos.
Atente para qualquer roda de amigo onde os conceitos forem sempre ao seu favor. Isso é falsidade. Escute sempre o meio das divergências, elas te fortalecem e te fazem crescer mais ainda. A melhor reflexão é caminhar com acertos, após correões por mais simples que sejam.
Aprendi. Posso dizer que a convivência ao lado de Ray Lima, Junio Santos, Fillipo Rodrigo, Jardeu Amorim, Vitor Jaraguá, Léo Alves Chinês e Diego Tavares, me fizeram uma nova pessoa, capaz, tolerante e com mais afinco. A Travessia não saíra de minha cabeça, assim como, a vontade de lutar cada vez mais pela arte pública de rua.