Elaboração de projetos culturais, assessoria técnica em gestão pública, palestras, oficinas de teatro, palhaço e captação de recursos, elaboração de textos teatrais, direção teatral e muito mais.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Valorização financeira de trabalhos culturais

A partir das novas discussões sobre o Sistema Nacional de Cultura em Janduís e região, a criação do Conselho de Cultura, Fundo de Cultura, Secretaria ou Fundação própria, Plano Municipal e órgãos colegiados, uma nova discussão é levantada pelos artistas.

Após os debates de estratégias para criação do Plano de Cultura em Janduís, temos conversado com muitos artistas e é colocada uma coisa que não havíamos atinado: não temos um teto de valores sobre nosso trabalho. Vamos sempre no “qualquer coisa dar certo”.

Para nós se continuarmos desorganizados nesse sentido, vamos dar margem pra que outras organizações façam trabalhos diferentes e cobrem mais. Tudo isso, levando em consideração o grau de parceria entre grupos e artistas em cada setor.

A idéia de sempre dizer que nosso trabalho custa entre R$ 100,00 ou R$ 200,00 não passa pelas questões de sobrevivência e sim de estar presente. A discussão agora é de como viver do que fazemos. Fácil, simples e exige cumplicidade.

Não podemos mais transformar nossas ações e atitudes em fatos politiqueiros. Já fizemos isso e vimos que nos dividiu e não funciona mesmo. Com isso, é sempre bom ter sensibilidade nas discussões e não ser tornar bairristas.

É claro que não vendemos marcas que a mídia diz ser boa. Nossos produtos não estão nas prateleiras, eles acontecem porque acreditamos em nosso próprio esforço e buscamos a qualidade. Agora pensar em mercado é pensar no que podemos oferecer também.

A vida de Patati – Patata pro Natal das Crianças em Janduís causou estranheza a artistas locais pela apresentação exibida e pelo valor cobrado. Pro outro lado, cabe a nós artistas repensar se seremos uma marca de mercado ou continuaremos com nossas práticas estabelecidas por um teto financeiro.

 É um ponto de exemplo que não dar pra discriminar os artistas de fora. É como se eu saísse de Janduís oferecendo algo pra cidade e não funcionasse. Claro que não temos a mesma formação, mesmo grau de humildade, nem associamos o grau de estrelismo.

O Poder Público é uma das possibilidades de investimentos e apoio cultural, apesar de ser o responsável pela sustentação das políticas públicas dos cidadãos. Artista e grupo algum devem viver em função de nenhuma gestão, se não amparado por leis de incentivos.