
Na manhã do sábado participamos de um roda de troca de saberes. Com jogos, brincadeiras e um bate papo interativo envolvendo 17 artistas do Abelhar/ArtÉria e os cinco envolvidos na montagem do casaco.
Conversamos sobre o escambo e aprofundamos a conversa sobre a realização dos escambitos.
Ficou claro pra todos que estavam presente que nosso encontro foi na verdade um escambito, pois reuniu o grupo e projeto de Felipe Guerra, o Ciranduís de Janduís, o Arte Riso de Umarizal e o CERVANTES do Brasil.
A tarde do sábado dedicamos de forma exaustiva a retomada do ensaio e a grande surpresa foi quando decidimos estrear - naquela noite - sem divulgação nenhuma O CASACO DE URDEMALES.
Partimos pra praça logo em seguida ao ensaio. Arrumamos os adereços, começamos a cantar e a tocar instrumentos tendo como público inicial os integrantes do grupo local. Em seguida o povo, com uma curiosidade enorme começou a chegar perto, se localizar no espaço e formar nossa roda. Não imaginávamos que teríamos tanta gente. Pela nossa contagem uma média de 350 pessoas.
Iniciamos o espetáculo com a incerteza se chegaríamos ou não ao final e se aquele público ficaria também nos prestigiando.
Depois saímos pra jantar e conversar sobre a manifestação.
Vimos que podemos e devemos diminuir mais um pouco. Que alguns textos se suprimidos não alteram a idéia já que são apenas complementares; que podemos colocar outros elementos cênicos e valorizar mais um pouco a entrada e movimentação do Babau da morte e do Jaraguá.
Agora já estamos agendando apresentação em Janduís, onde faremos homenagem à mestra Isabel da Conceição, conhecida como Lora, convidando todos os grupos e artistas da cidade e oferecendo no final um coquetel. Agendaremos também Umarizal e Lucrécia, cidades que nos receberam pra realização de ensaios.
Aproveito pra parabenizar Berg e Diego do Ciranduís; Jardeu, Leo e Vitor do Arte Riso pela seriedade e o respeito no trato com o teatro, pela performance de todos na primeira apresentação do CASACO DE URDEMALES.
Pra registro, nosso primeiro espetáculo, feito de surpresa, teve uma rodada de chapéu de R$ 22,50 (vinte e dois reais e cinqüenta centavos) que foi bastante representativa para todos nós e que bancou nosso jantar sábado a noite.
Por Junio Santos,
Autor, ator e facilitador cênico do espetáculo Casaco de Urdemales.