Elaboração de projetos culturais, assessoria técnica em gestão pública, palestras, oficinas de teatro, palhaço e captação de recursos, elaboração de textos teatrais, direção teatral e muito mais.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Junio Santos fala sobre o Escambo em movimento

O último final de semana - 20 a 22 de maio -  foi muito significativo pra todos q estão envolvidos com o processo de montagem do CASACO DE URDEMALES. Fomos ensaiar, depois de um mês sem nos encontrar na cidade de Felipe Guerra no oeste do RN. Lá fomos recebidos pelo grupo Art-É-rias e a meninada do Projeto Abellhar, que eles coordenam já a mais de cinco anos.

Na manhã do sábado participamos de um roda de troca de saberes. Com jogos, brincadeiras e um bate papo interativo envolvendo 17 artistas do Abelhar/ArtÉria e os cinco envolvidos na montagem do casaco.

Conversamos sobre o escambo e aprofundamos a conversa sobre a realização dos escambitos.

Ficou claro pra todos que estavam presente que nosso encontro foi na verdade um escambito, pois reuniu o grupo e projeto de Felipe Guerra, o Ciranduís de Janduís, o Arte Riso de Umarizal e o CERVANTES do Brasil.

A tarde do sábado dedicamos de forma exaustiva a retomada do ensaio e a grande surpresa foi quando decidimos estrear - naquela noite - sem divulgação nenhuma O CASACO DE URDEMALES.

Partimos pra praça logo em seguida ao ensaio. Arrumamos os adereços, começamos a cantar e a tocar instrumentos tendo como público inicial os integrantes do grupo local. Em seguida o povo, com uma curiosidade enorme começou a chegar perto, se localizar no espaço e formar nossa roda. Não imaginávamos que teríamos tanta gente. Pela nossa contagem uma média de 350 pessoas.

Iniciamos o espetáculo com a incerteza se chegaríamos ou não ao final e se aquele público ficaria também nos prestigiando.

O nosso receio se dava pelo fato de acharmos que o tempo do espetáculo estava muito grande. Uma hora e meia!!! Pra nosso contentamento o público não arredou os pés nem depois que o espetáculo terminou. Até na manhã do domingo teve pessoas nos procurando pra agradecer e pedir pra que voltássemos outras vezes pra Felipe Guerra.

Depois saímos pra jantar e conversar sobre a manifestação.

Vimos que podemos e devemos diminuir mais um pouco. Que alguns textos se suprimidos não alteram a idéia já que são apenas complementares; que podemos colocar outros elementos cênicos e valorizar mais um pouco a entrada e movimentação do Babau da morte e do Jaraguá.

Agora já estamos agendando apresentação em Janduís, onde faremos homenagem à mestra Isabel da Conceição, conhecida como Lora, convidando todos os grupos e artistas da cidade e oferecendo no final um coquetel. Agendaremos também Umarizal e Lucrécia, cidades que nos receberam pra realização de ensaios.

Aproveito pra parabenizar Berg e Diego do Ciranduís; Jardeu, Leo e Vitor do Arte Riso pela seriedade e o respeito no trato com o teatro, pela performance de todos na primeira apresentação do CASACO DE URDEMALES.

Pra registro, nosso primeiro espetáculo, feito de surpresa, teve uma rodada de chapéu de R$ 22,50 (vinte e dois reais e cinqüenta centavos) que foi bastante representativa para todos nós e  que bancou nosso jantar sábado a noite.

Por Junio Santos,
Autor, ator e facilitador cênico do espetáculo Casaco de Urdemales.