Freire (2001), aborda que “a possibilidade humana de existir – forma acrescida de ser – mais do que viver, faz do homem um ser eminentemente relacional. Estando nele, pode também sair dele. Projetar-se-. Discernir. Conhecer. É um ser aberto. Distingue o ontem do hoje.”
Lendo Paulo Freire, compreendemos que a cultura é uma das linguagens mais vivas e pulsantes em todos os lugares, sejam quais forem. A produção cultural coletiva e comunitária acontece independente da ação projetada por ocupantes de posições de Poder, de planejamento setoriais ou até mesmo do financiamento de gestões, que em determinadas situações focam num público mais afinado politicamente e por interesses promocionais.
A crença, os costumes, as tradições, a linguagem, o patrimônio cultural e social, as artes são exemplos claros da ação comunitária. Quem fala que uma cidade não tem cultura, deixa claro a falta de habilidade um mínimo de entendimento sobre esse tema.
Há muitos anos, poucos ainda acreditam que cultura é somente atividades eventuais ou as manifestações artistas, esquecendo o patrimônio cultural, a literatura, leitura, ao artesanato, a música, os mestres e as demais linguagens presentes numa comunidade. Porém, é um caminho muito claro, na cabeça das pessoas que tem militância na área.
A cultura independe de uma gestão sabendo que essa tem um importante papel para o impulsionamento, organização, fomento e apoio para que se possa atingir objetivos e metas, que nem sempre, são o suficiente em sua amplitude por falta de conhecimento de ocupantes de cargos ou por decisões políticas.
A cultura é livre como pensamento. É como você almoçar de roupa amarela, jantar de roupa cinza e no outro dia escolher a cor laranja. Mudar de opinião e se autointitular como coerente também é cultural. O livre é muito amplo e qualquer decisão do ser pensante, tem seus passos e objetivos. É o cidadão ser livre para fazer o que quiser sem aprisionamentos ou amarras viciosas.
Gestor cultural, artista popular.