Elaboração de projetos culturais, assessoria técnica em gestão pública, palestras, oficinas de teatro, palhaço e captação de recursos, elaboração de textos teatrais, direção teatral e muito mais.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Gestão versus cultura: incompreensões constantes

  

O gestor da cultura é alguém que estabelece com seu objeto e com os sujeitos nele envolvidos relações de compartilhamento de gestão e de responsabilidades. Alguém que entenda as práticas culturais como processos –dinâmicos, ambíguos e sujeitos a significações diversas. (Luiz Augusto F. Rodrigues – arquiteto e urbanista, doutor em história, professor do curso de graduação em produção cultural da Universidade Federal Fluminense)

O sentido de gestão é garantir que questões essências aconteçam reunindo equipe, planejamento, operacionalização e o financiamento. Importante analisar como funciona uma administração pública, qual equipe é designada especificamente, quais as atribuições, as questões técnicas e como é feita a gestão.

 Janduís que tem uma gestão norteada pelo Plano Municipal de Cultura, é uma cidade referência no Estado do Rio Grande na criação de políticas públicas culturais onde pactuou um Acordo Federativo junto à União através do Sistema Nacional de Cultura (2012); criou Conselho Municipal de Política Cultural; Plano Municipal de Cultura; Fundo Municipal de Cultura; Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais; criou um órgão próprio de cultura que é a FUNCULT.

Além disso, vem realizando conferências de cultura, fortalecendo o Fórum Municipal de Cultura, fez a revisão do Plano Municipal de Cultura que tem validade até 2022. Instituiu o calendário cultural, formalizou a Filarmônica 12 de Junho e deu condições estruturais pra funcionamento da FUNCULT.

Aprovou um projeto junta a Lei Câmara Cascudo a nível estadual no valor de R$ 100.00,00 para reforma da Biblioteca Prof. Teófilo Régis e não conseguiu fazer a captação do recurso. Contudo, há uma emenda parlamentar com recurso em conta na ordem de R$ 200.000,00, assegura pelo dep. Federal Rafael Mota que possibilitará a reforma e ampliação.

 

Criou círculos de cultura junto a comunidade, garantiu atividades essenciais e organizou a estrutura administrativa técnica, contábil e jurídica. Nunca a FUNCULT reuniu artistas pra prometer reformas, mostrar planos futuros sem a realidade atual. Em nenhum momento, foi orientado ou buscado promoção pessoal com outros objetivos, se não, a inclusão.

Nenhum ato foi omitido da população e a cada 6 meses é feito um relatório de ações onde a comunidade cultural e em geral é convidada a opinar. Em nenhum momento foi feito julgamento político, religioso ou de crença. Nenhum trabalhador da cultura foi perseguido ou excluído por pensar diferente, nos últimos 4 anos.

Todas as contas, investimentos e demais serviços estão no Portal da Transparência e a disposição da comunidade. Jamais, um integrante da FUNCUL foi acusado de cobrar propina, desviar recurso ou querer aumentar serviços pra da lucros seja a quem fosse.

A críticas e os ajustes sempre couberam na gestão e sempre caberão. E quando um cidadão diz que uma cidade não tem cultura, está também se excluindo, de um processo que aparenta não tem conhecimento que está inserido.

As vezes quem não sabe o que diz ou o que quer dizer, calado seria um filosofo dos melhores do século XXI. Mas, é também cultural gritar mais alto numa livre pra tentar vender um determinado produto, independente da qualidade. Tem cliente que leva pelo grito e as vezes nem quer, entendo que o barato as vezes sai muito caro.

 

Berg Bezerra,
Gestor cultural, artista popular.